Boas noites de sono vão muito além de repousar o corpo para recuperar as energias gastas durante o dia. Trata-se de uma necessidade fisiológica, essencial para manter-se saudável, melhorar a qualidade de vida e até mesmo aumentar a longevidade. Durante o descanso noturno, o organismo realiza funções extremamente importantes, como a regeneração celular, a produção de alguns hormônios, o fortalecimento do sistema imunológico e a consolidação da memória e do aprendizado.
Para dormir com tranquilidade e garantir que todas as funções desempenhadas durante a noite pelo organismo sejam realizadas com sucesso, um bom colchão é item fundamental. “Usar um colchão errado pode causar desconfortos durante a noite, além de provocar dores musculares, câimbras, má circulação e formigamento ocasionando micro despertares ou até mesmo a insônia”, explica Renata Federighi, Consultora do Sono da Duoflex.
E como escolher o colchão? Com a infinidade de modelos disponíveis podem surgir dúvidas na hora de procurar o colchão ideal ou mais adequado. A tarefa exige cuidado, por isso Renata esclarece alguns pontos e curiosidades que vão ajudar no momento da escolha. Confira:
Quanto mais duro, melhor para a postura
Mito. O colchão deve se ajustar ao corpo corretamente, respeitando a sua curvatura natural e promover sua total sustentação, para o consequente alinhamento da coluna. Dessa forma, previne-se dores nas costas causadas por problemas posturais e confere-se uma maior qualidade ao sono, sem que haja interrupções durante a noite. “Ao escolher um colchão é importante levar em conta o conjunto dos materiais empregados e seus benefícios. O colchão não pode ser nem muito duro, nem muito macio para acomodar melhor a coluna. É recomendado também verificar se ele possui apenas as bordas mais firmes, que garantem maior estabilidade ao sentar e evitam que o usuário “role” para fora da cama durante a noite. Outro ponto relevante refere-se a sua estrutura, que deve promover uma distribuição equilibrada do peso corporal ”, explica Renata.
Colchões que apresentam zonas com suportes diferentes para cada região do corpo, possuindo maior reforço na região do quadril, que é a parte mais pesada do corpo, são ótimos. “Esses modelos adaptam-se melhor ao contorno corporal, proporcionam o alinhamento perfeito da coluna e oferecem maior proteção a região lombar”, completa.
A densidade deve ser avaliada
Verdade. A primeira característica que os consumidores lembram na hora de comprar um colchão é a densidade das espumas. O fator é realmente muito importante e deve ser levado em conta de acordo com o peso de cada pessoa. Além disso, espumas de alta densidade apresentam alta resistência contra deformações e maior vida útil. “Os consumidores podem identificar o modelo indicado para cada corpo de acordo com as informações estabelecidas pelo Inmetro. No caso de casais, o colchão deve ser compatível com a pessoa mais pesada”, observa Renata.
Molas fazem a diferença no colchão
Verdade. Os colchões de molas são conhecidos por proporcionar mais conforto, sustentação, resistência e durabilidade, sendo que um colchão somente de espuma tende a depreciar mais rapidamente. Existem diversos modelos de molas, mas o mais procurado, pelos benefícios que oferece, é o sistema de molas ensacadas individualmente. “Esse sistema é conhecido pelo extremo conforto e qualidade. Por serem produzidas e ensacadas uma a uma, as molas não provocam ruídos. Além disso, esse modelo garante maior estabilidade e a mínima transferência de movimentos de um lado para outro do colchão. Deste modo, se uma pessoa se mexer de um lado da cama, o sono da outra pessoa não será interrompido”, comenta a especialista.
O tipo de espuma não influencia no sono
Mito. Existem diversos tipos de espuma no mercado. É importante escolher a que melhor se adapta ao seu gosto pessoal e biótipo, evitando desconforto e contribuindo para um sono de qualidade. A espuma de látex natural da seringueira, por exemplo, é a mais indicada quando se fala em maciez e durabilidade, além de proporcionar um excelente suporte corporal e maior conforto térmico, pois é composta por milhões de células abertas, que facilitam a ventilação e a evaporação da umidade.
Outra espuma muito procurada no mercado é a Viscoelástica NASA. O material acomoda o corpo dando a sensação de leveza e conforto durante o sono. “A espuma NASA molda-se perfeitamente ao contorno do corpo preenchendo todos os espaços, sustentando todas as suas partes igualmente e livrando a pressão nas partes sobressalentes como ombros e quadril”, avalia Renata.
Expor o colchão ao sol faz bem
Mito. Se o colchão absorveu umidade é recomendável colocá-lo em um ambiente arejado e ventilação, mas nunca exposto diretamente ao sol, por no máximo 30 minutos. O sol é um excelente agente sanitizador, mas no caso das espumas, ele não é indicado pois pode oxidá-la, deixando-a amarelada e ressecada.
O colchão pode ser lavado
Mito. Em sua maioria, os colchões não devem ser lavados. Alguns modelos possuem revestimentos removíveis, que permitem uma higienização correta. “Revestimentos com zíper e tratamento antiácaro permitem uma higienização periódica. Além de proteger a nossa saúde, prologam a vida útil do colchão”, explica Renata.
Caso exista alguma mancha no revestimento, a Consultora do Sono orienta lavá-lo em lavanderias especializas. Na impossibilidade de removê-lo, o mais indicado é passar um pano ou esponja macia, com água fria e sabão neutro, e deixá-lo secar bem antes de colocar o lençol novamente. Nunca se deve utilizar o secador, pois o ar quente pode danificar a espuma. Além disso, é importante trocar os lençóis, pelo menos, uma vez por semana, e deixar o colchão arejar entre as trocas.
O colchão precisa respirar
Verdade. Sem a ventilação adequada, a umidade que entra em contato com o colchão pode se acumular e transformar seu interior em um ambiente propício para ácaros, fungos e bactérias. Por isso, é importante descartar tudo o que possa abafar o colchão, seja plástico, papelão ou papel, por exemplo, e utilizar estrado em madeira e vazado para facilitar a respiração do produto.
Colchões têm prazo de validade
Verdade. Há quem pense que é possível usar o mesmo produto por tempo indeterminado até que ele apresente sinais visíveis de desgaste, no entanto, a média para troca do colchão é de cinco anos. “Rasgos, manchas e deformidades visíveis são indícios do término da vida útil do colchão. Mas há outros sinais de desgaste que devem ser observados como ruídos, cheiro desagradável, afundamento da região central, além do seu próprio tempo de utilização. Dores nas costas e a perda na qualidade do sono também podem ser indícios de que está na hora de trocar seu colchão”, alerta Renata.
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